Este post saiu de algo que estava na minha cabeça há uns dias. Aí juntou com este tweet.

O comum é consumir conteúdo, só ler o que outras pessoas postam. Temos feeds de todos os tipos em todos os lugares em redes sociais. É a maneira padrão de “se conectar”. Coloquei entre aspas porque andei questionando o significado disso.

Eu tenho uma voz. Tenho uma mensagem pra passar. Não gosto de mandar mensagens curtas em redes sociais, onde tudo fica misturado, os feeds são organizados de acordo com os ideais dos donos da plataforma. Minha voz é cortada e picada, com o conteúdo que é mais polarizador sendo empurrado pra cima, ficando em primeiro lugar, o que é mais visto.

Vale dizer que blogs precedem as redes sociais: eles já existiam antes do finado Orkut, MySpace, Facebook, Reddit…

E esse é o jeito que eu escrevo mesmo, lembrando de um assunto X, depois outro Y no meio, mais o Z, à medida que vem na cabeça.

O primeiro blog que comecei foi sobre música, queria escrever resenhas dos CDs que ouvi. Na época tinha bastante, mas o motivo pra escrever não estava ali, era cerca de 2015. Foi também a época que conheci os podcasts, acho uma plataforma fantástica, por enquanto estou me concentrando na mídia escrita.

Voltando ao assunto, ter um blog é ter uma voz. Escrever é ser ouvida. Não são todas as pessoas que vão ler o que eu botar aqui, mas este é o meu espaço. O Facebook não pode bloquear o que eu escrevo aqui. O Twitter não pode sumir com o meu post na timeline. Se a pessoa não quer ler, não precisa abrir a página.

Como falei antes, eu tenho uma mensagem pra passar. Tenho coisas pra dizer. Não são da melhor forma, não são cheias de imagens e GIFs, não tem um título muito chamativo, NUNCA vai ser clickbait, o blog NÃO se mantém por anúncios (acho que precisamos de outro modelo de negócios, mas isso não está no escopo daqui). Meu blog é o MEU espaço. Pro que EU quero dizer. O que eu quero falar, da maneira que eu sei, pode ajudar outra pessoa. Mas o objetivo principal é: quero falar. Quero soltar o verbo por aqui.

Parece que os posts se escrevem sozinhos depois de um tempo, só sai da cabeça e cai na tela. Mas a mensagem que fica é: esta sou eu, é a minha realidade, é o que estou vivendo no momento.

Em relação a ser desenvolvedora, o senso comum diz que é bom ter uma presença na web, pras pessoas saberem quem você é, escrever posts, tutoriais… tem esse lado também, mas eu gosto bastante de escrever. E não só sobre isso.

Não escrevo pros outros gostarem do que eu falo, pra clicar, repassar e tal. É bom quando isso acontece? Muito. O motivo principal é que eu quero comunicar. Quero passar minha mensagem.

Oi, eu sou a Miriam! Muito prazer.